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domingo, 13 de dezembro de 2015

Os Refugiados - Parte II.

Neste mais novo texto do meu querido Blog, venho escrever a todos os queridos leitores e visitantes uma breve continuação e um ponto de vista sobre um texto escrito anteriormente a todos que acompanham diariamente ou não este pequeno caso de sucesso. Este texto demorou um pouco para chegar, até porque entre este e o primeiro surgiu um acontecimento que alterou em muito o ponto de vista sobre todos os refugiados, principalmente os Sírios, que tentam desembarcar na Europa, que arriscam a própria vida e dos familiares em busca de algo melhor.
Infelizmente no meio de uma onda de solidariedade surgiram os ataques em França, o que antes assistíamos ao extremo através dos jornais agora já não assistimos mais, então parece que o ataque em França fez surgir um "fechar de olhos" a este problema através do jornalismo que sempre enfatizou de uma tal maneira como se não houve outro assunto a não ser os refugiados, mas parece que tudo mudou e algo começou a cair no esquecimento do jornalismo de um modo geral.
Os refugiados não são imigrantes, por isso havia todo um tratamento especial com eles, com os países que estão a recebe-los a trabalharem alguns profissionais para se adaptarem a eles, o que penso que deveria ser o contrário, mas foram bem recebidos por muitos durante um tempo e parece que agora isso mudou.
Com o ataque em França a visão dos países que serviram de entrada aos refugiados mudou por completo, se antes havia um certo consenso em relação a entrada dos refugiados, mesmo que aos poucos, este consenso sumiu, porque agora sentem que no meio deles há membros do EI, alguns podem acreditar e outros não, mas de uma coisa é certa: Se há pessoas capazes de explodirem a si mesmos em um atentado terrorista, então porque não passar aperto e risco durante uma travessia em alto mar para entrar livremente em uma Europa com medo??? Fica complicado responder, mas provavelmente poderão ou não fazerem este procedimento.
Muita coisa mudou em relação aos refugiados, parece que deixaram de ser os coitados da guerra para se transformarem nos formadores de guerra, o ataque a França fez com que toda uma mentalidade aberta em relação aos refugiados se tornasse em algo fechado e generalizado, não há mais aceitação devido ao medo que os ataques à Paris proporcionaram na população em geral, então ficou generalizado.
Se antes os refugiados não eram comparados aos imigrantes, agora são comparados a membros terroristas que querem apenas exercer o seu poder sobre os demais, esta generalização ocorre em todos os lados, serve tanto para refugiados como para imigrantes, basta vermos que com os imigrantes ocorrem as mesmas coisas, porque se um faz merda todos pagam com a mesma moeda, e no caso dos refugiados a situação ainda é mais dramática e pior devido a uma ligação religiosa que possuem com um grupo terrorista.
Já não vemos o jornalismo diário a enfatizar a ajuda para todos, e com o inverno a chegar com muitos presos nas fronteiras a situação tende a ficar dramática, provavelmente o frio não perdoará os mais necessitados, porque a entrada já não é mais autorizada, fica o medo a sobrepor a ajuda, e infelizmente o medo está a ganhar porque ninguém sabe ou conhecem as origens de cada pessoa que lutou contra as águas geladas para chegarem onde chegaram.
Juntamente com os refugiados,alguns muçulmanos em Inglaterra e Alemanha estão a sofrer represálias e ataques pessoais após os ataques à França, pessoas que possuem a religião mas que já nasceram em território europeu também sofrem com os ataques pessoais em alguns países, já há grupos direcionados para este efeito em alguns países e a tendência é aumentar ainda mais com o tempo já que ninguém sabe quem é quem neste momento, o problema maior nisso tudo é a generalização em relação a todos que são do bem com todos que fazem e fizeram o mal, sempre que alguém faça o mal e que seja semelhante a quem faça o bem a generalização irá aparecer com força e afetará muitos.
Olhamos para o lado e não sabemos quem é quem, este sentimento faz com que os refugiados tornem-se pessoas perigosas para a sociedade europeia, faz com que todas as portas se fechem na questão de ajuda humanitária, e não podemos culpar os países que o fazem porque após a última "sexta-feira 13" do ano muita gente ficou marcada e com medo do que ainda pode acontecer, e para muitos, os refugiados podem ou não trazerem algum perigo.
A situação ainda existe, mas com menos ênfase do que anteriormente, as portas fecharam-se para todos, os refugiados sofrem e sofrerão com o frio, provavelmente algo mudará em relação a isso quando surgirem imagens iguais ao da criança morta na praia, porque enquanto houver a sensação de medo as portas de "casa" continuarão fechadas aos refugiados, a estes desconhecidos que lutam por algo melhor mas que agoram sofrem ao relento e ao frio devido a medo instaurado pelos ataques terroristas em uma Europa cada vez mais amedontrada e de portas fechadas.


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