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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

A Maioria Absoluta.

Neste mais novo texto do meu querido e pequeno Blog, escreverei a todos os queridos leitores e visitantes uma simples opinião sobre a situação política atual de Portugal, este país que possui um sistema político diferente do meu amado e danificado Brasil, porque possui o Semipresidencialismo como sistema, onde temos um Presidente e um Primeiro Ministro, e que agora Portugal terá uma maioria absoluta de apenas um partido após as eleições no final do mês de janeiro.

O Partido Socialista é quem terá a maioria no Parlamento, antes havia uma coligação denominada "Geringonça" que agregava o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português (acho engraçado um comunista dentro de um regime democrático), com estes três partidos a governar e gerenciar Portugal vimos que muita coisa aconteceu, alguns orçamentos de Estado aprovados entre outras coisas mais, mas a partir do momento em que dois dos três partidos da "Geringonça" optaram por votar contra o orçamento de 2022 juntamente com os partidos da oposição, ficou claro que teríamos eleições antecipadas, mas o que alguns não queriam, eu por exemplo, era que houvesse a maioria absoluta do Partido Socialista, e foi o que aconteceu.

Portugal até uns anos atrás estava em uma posição confortável em relação ao ranking de países ricos da UE, mas com a "Geringonça" caiu uns degraus e está atrás dos países do leste europeu, e isso provavelmente muitos que contribuíram para uma maioria absoluta sequer tem a noção. Nos últimos seis anos o que pude verificar, é que a "Geringonça" optou por trabalhar conforme o Partido dos Trabalhadores no Brasil trabalhou, começou a criar dependência na parte mais pobre da população, então com mais abonos e aumentos de poucos "€" para os mais pobres os mantiveram nas palmas das mãos, e provavelmente foi isso que caracterizou a maioria absoluta conquistada nas eleições.

Portugal é um país maravilhoso, mas se olharmos o que fizeram nos últimos anos em relação a governação tornar-se preocupante quando o mesmo partido que fez o país empobrecer se torna maioral politicamente. Torna-se ainda mais preocupante é que com a maioria absoluta até o Presidente acaba por perder um pouco do poder de decisão quando possuir em mãos diplomas para promulgar, porque se o rejeitar, a maioria absoluta do Partido Socialista poderá criar um decreto de lei no Parlamento onde com a maioria que possui poderá aprovar sem a assinatura do Presidente. Provavelmente se isso vier a acontecer teremos pela frente uma crise entre poderes e uma crise política. Mas a parte boa é que até o momento sempre foi verificado um bom relacionamento entre o Presidente e o Primeiro Ministro, só por isso poderemos ficar sossegados inicialmente.

Não votei no Partido Socialista, não acho que fez um bom governo durante estes anos com os outros dois partidos independentemente da pandemia, acho que as pessoas deveriam ter feito algo melhor na hora do voto, que fosse ao menos o suficiente para não possuírem uma maioria absoluta para que pudesse haver mais discussões sobre o que fosse melhor para o país. O mesmo orçamento de Estado que foi rejeitado será posto em prática porque em nenhum momento durante os debates o Primeiro Ministro deu indicações de que haveria alguma alteração, mas como a inflação já começa a bater à porta, este mesmo orçamento deverá ser reavaliado para que a maioria da população afetada por ele não perca o poder de compra, e esta maioria são os que dependem de abonos e de pensões que são baixas.

Com a maioria absoluta do Partido Socialista, este poderá seguir por duas estradas distintas: uma será a de continuar a criar dependência para não perder o poder que possui em mãos sobre as pessoas mais necessitadas, a outra é a de investir em desenvolvimento empresarial e industrial com foco na redução de taxas e impostos para obter um crescimento econômico através das empresas e do trabalho, então no meu modo de ver ficará difícil escolher qual a estrada que deverá percorrer, porque atualmente Portugal possui uma das mais elevadas cargas fiscais em relação aos baixos salários. Sobre os combustíveis, as taxas e os impostos representam praticamente 60% do preço de venda, sem eles fica até mesmo mais barato que em Espanha, sendo que em Espanha o preço praticamente é bem menor que a média da UE. Mas não vejo o atual Primeiro Ministro abrir mãos de tanto dinheiro arrecadado, nem mesmo para aliviar as empresas que veem os seus custos aumentarem toda a semana devido ao aumento do preço dos combustíveis.

Dentro de alguns dias o novo mandato de António Costa será iniciado com a bênção do Presidente, a partir deste momento veremos se a maioria absoluta conquistada pelo Partido Socialista será benéfica ou não para o país, aos que se abstiveram no dia das eleições e que poderiam ter feito a diferença, aguentem mais quatro anos e alguns meses para vermos o que realmente acontecerá a partir da posse do novo governo com o mesmo Primeiro Ministro, porque já começamos a ver que teremos pela frente um aumento de preços que pesará muito no bolso da população.

Além de desejar sorte a maioria absoluta conquistada pelo PS, também desejo competência, honestidade e transparência, principalmente porque teremos pela frente uma grande quantia em dinheiro disponibilizada pela UE para reerguer a economia portuguesa tão afetada pela pandemia, onde pelo histórico de nomeações durante o período da "Geringonça" o destino deste dinheiro preocupa-me um pouco, e espero que haja muita fiscalização por parte da UE, que esta não tenha em mente apenas o intuito de manterem sobre a palma da mão os países que possuem dívidas para continuarem a sua manipulação constante.

E que a maioria absoluta seja importante para o crescimento de Portugal, que possa abranger todos seguimentos e todas as regiões, não ficar apenas por Lisboa, que olhe por todo o país, que verifiquem as dificuldades das pessoas como um todo, que o dinheiro da UE seja bem investido, e que principalmente o Primeiro Ministro seja agora um gestor para o crescimento já que quem o elegeu com maioria absoluta optou pela segurança de um governo já conhecido e não quis arriscar com uma nova governação.

Cuidem-se por favor.

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