Neste
mais novo texto do meu querido Blog indicarei algo a todos os queridos leitores
e visitantes que havia fugido da minha realidade por alguns anos, estes em que
passei longe da “Terra Brasilis” e que infelizmente e também felizmente tive a
oportunidade de conhecer e de vivenciar que foi as taxas de juros praticadas.
Infelizmente optei por fazer uma parada em uma loja que
comercializa veículos seminovos após um dia de trabalho, esta loja revende os
carros que alugam em suas lojas, então diversas pessoas conduzem os veículos
que agora estão a serem comercializados em lojas específicas para venda e não
para aluguéis, e como a loja é grande e possui um enorme estoque, mais de cem
veículos, resolvi parar para perguntar o valor e modo de parcelamento sem
entrada para a aquisição de um veículo seminovo, e foi aí que deparei-me com a
realidade brasileira no quesito “Juros Altos e Abusivos”.
Após retornar para a minha amada e caótica Sampa pude
perceber o quanto está fácil conseguir um crédito neste país, mas o que
realmente intriga-me é o fato de que quem oferta o crédito parece não
preocupar-se muito se quem o contraiu poderá ou não pagá-lo, e se eu realmente
não tivesse a preocupação em fazer contas rapidamente e perceber o abuso do que
estavam a cobrar-me teria-me enforcado mais que o histórico Tiradentes, mas que
o vendedor com um representante do banco que disponibilizava o crédito
induziam-me ao erro de contrair uma dívida de grande valor. Mas vamos ao que
realmente interessa.
Adentrei-me a loja e comecei a observar a quantidade e a
variedade de veículos que possuem a venda, mais de cem, todos bem cuidados, e
fui abordado pelo vendedor que levou-me até um veículo da marca Renault de nome
Sandero, onde na Europa este mesmo Sandero é fabricado pela Dacia e que a
Renault não comercializa no Brasil os veículos que vendem por lá, e ao obter
informações sobre o veículo cheguei a informação do valor de venda que era de
R$27.900, achei interessante e entramos em uma sala para verificar o modo de
financiamento do mesmo.
Para quem conheceu outra realidade o choque foi
extremamente grande, praticamente um furto ou roubo que os bancos realizam
junto com este “Desgoverno” que fode a vida da maioria que trabalha e que não
faz parte dos bolseiros do governo. O vendedor que está ali para vender buscou
na tabela o valor do veículo para um financiamento sem entrada e para pagamento
em 48 meses, ao encontrar o valor indicou-me que o valor a pagar mensalmente
pelo Sandero seria em torno de R$980, isso dará ao final de 4 anos a simples
bagatela de R$47.040, um acréscimo de R$19.140 ao final de apenas 4 anos, uma
taxa total de juros de aproximadamente 69% ao final de 4 anos em um veículo que
muitos já utilizaram.
Infelizmente no Brasil é assim, as pessoas que realmente
trabalham diariamente e duramente sofrem com os juros altos entre outras taxas
e impostos que beiram e levam a morte qualquer pessoa de bem, porque somente as
pessoas que andam na linha que assumem uma dívida desta magnitude, algo fora do
normal e que o governo atual e os anteriores sempre acharam normal possuir no
país uma taxa que realmente fode a população que trabalha e que sustenta este
país e os bolseiros de plantão que praticamente só coçam.
Ao perceber o quanto a dívida em espaço de tempo não
muito longo e nem muito curto era extremamente abusiva optei por apenas
encerrar o papo com o vendedor após muita insistência dele e do representante
do banco para tentarmos o crédito e seguir o caminho de casa, porque
infelizmente a realidade brasileira muitos desconhecem, os juros são altos e o
país é corrupto, então enquanto houverem pessoas dispostas a pagarem e a
assumirem estas altas taxas de juros as empresas não preocupar-se-ão em
baixá-las, e é assim que se fode uma população e coloca um país em crise, com
taxas altas e facilidade no crédito para que no primeiro deslize as pessoas deixem
de pagá-las.
Espero que este novo texto faça com que as pessoas pensem
muito antes de adquirir qualquer bem material com taxas de juros elevadas para
forçarem as lojas e financeiras a abaixarem as taxas para consequentemente
movimentarem a economia que encontra-se estagnada e para não fazerem da vida
dos trabalhadores um inferno devido às dívidas contraídas.
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