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sábado, 20 de julho de 2013

Por onde anda o RAP?

Enquanto estive na Terra de Camões ou até mesmo antes, sempre ouvia algum artista de RAP, e sei que em grande parte da periferia das grandes cidades brasileiras o RAP sempre teve uma grande influência nas pessoas, desde a época de Thaide e Dj Hum entre outros, mas parece que ultimamente as coisas mudaram, sendo que raramente é possível observar alguém a ouvir, seja no carro ou no ônibus o estilo musical mais conhecido como RAP.
Para quem não conhece o RAP, nada mais é que um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop. (Fonte: Wikipédia).
Desde a minha volta a minha amada e caótica Sampa que deparei-me com um gênero de som que até onde eu sabia encontrava-se a fazer sucesso apenas no Rio de Janeiro, e que agora ouve-se por todos os lados da periferia paulistana, é o Funk, e isso me fez lembrar da época onde o RAP era o som de destaque desta região tão desvalorizada e praticamente abandonada pelos governantes, mas agora o "batidão" tomou o lugar do RAP e não precisa fazer muito esforço para saber que realmente o RAP ficou para o segundo plano.
Raramente consigo ouvir um carro ou uma pessoa dentro do transporte público a ouvir RAP, anda difícil de encontrar uma pessoa que ainda ouça este tipo de música, não sei dizer o que realmente aconteceu e principalmente por onde anda o RAP, já que também pouco fala-se dos grandes artistas que fizeram, e que ainda fazem sucesso, penso eu, aqueles que sempre cantaram com alma o retrato da periferia.
Sei bem que ainda há muitos que cantam RAP por aí, sei porque conheço alguns que fazem um som original e tocam em baladas na periferia, e vendo isso sei que o RAP não morreu, apenas está adormecido com a chegada do "batidão", mas o melhor mesmo que para ambos há espaço e que todos curtam com muito respeito entre eles.
O fato de não ouvir mais o RAP com a mesma intensidade de antigamente me fez lembrar do meu "primo-amigo" que já se foi, ele curtia muito este tipo de som, ouvia em volume alto, em casa e no carro, as vezes saíamos de carro a ouvir um bom RAP nacional, e penso como ele reagiria se as pessoas ao seu redor que sempre curtiram um bom RAP começassem a curtir um "batidão", provavelmente ele xingaria muito estas pessoas ou entraria de cabeça no "batidão" para descer até ao chão.
Ainda bem que há espaço para todos os gêneros musicais no Brasil, e o principal mesmo é haver respeito entre todas as "tribos", porque não sei dizer por onde anda o RAP, mas sei que ele encontra-se por aí em algum lugar a expressar o dia-a-dia das ruas das periferias, e se ele está há décadas no ar é porque não será com a chegada o "batidão" que ele irá desaparecer, porque no momento está a descansar para voltar forte como sempre.

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