Neste mais novo texto do meu querido Blog indicarei uma situação de discriminação sobre os formados em cursos superiores de dois anos, os mais conhecidos como "Tecnólogos", estes cursos que apareceram a mais de dez anos atrás com o intuito de ajudar a maioria dos jovens e adultos a conquistarem uma vaga de trabalho e manterem-se no trabalho, então este tipo de graduação chegou para ficar e ajudar milhares de pessoas, mas parece que algumas empresas não pensam assim e senti na pele esta situação.
Sou formado desde 2004, em um curso que durou dois anos e meio, e quando formei-me na faculdade as empresas encontravam-se receosas na contratação de pessoas recém formadas nestes cursos porque dependiam da aprovação e homologação dos cursos pelo MEC (Ministério da Educação, movido a dinheiro) por trataram-se de cursos novos com pouco tempo no mercado, mas passados alguns anos este tipo de curso tornou-se popular e contribuiu muito para que algumas pessoas mantivessem o emprego e para outros conquistarem um emprego melhor.
Mas hoje senti na pele que há empresas que não gostam deste tipo de curso, faz a diferença entre os formados nos cursos de dois e de quatro anos, como se os de quatro anos fossem melhores do que os de dois anos para apenas trabalharem na área de autoatendimento de um banco, o banco Itaú, uma prova disso é verem que muitos que estudam nos cursos de quatro anos passam um grande tempo nos bares a consumirem cerveja, se duvidam, venham na região do Mackenzie durante as aulas e verão o que realmente acontece.
Recebi um e-mail para comparecer na Randstad da rua Vinte e Quatro de Maio no Centro da minha amada, caótica e desqualificada Sampa, como é próxima da minha residência fui a pé até ao local e ao chegar lá fui pego pela indicação de que o meu curso de Gestão de Sistemas de Informação não era hábil para realização de uma tarefa simples, orientar os clientes do banco Itáu na região dos caixas eletrônicos (multibanco em Portugal), então só mostra a ineficácia dos cursos de dois anos para algumas empresas, nomeadamente para o banco Itaú.
Hoje em dia quem indica que o desemprego no Brasil está muito baixo é porque trata-se de uma enorme mentira, algo que não existe, um exemplo disso foi que quando cheguei na Randstad encontrei duas pessoas a sair, e depois que entrei chegaram mais duas, isso tudo em apenas cinco minutos que lá fiquei, tempo suficiente para ser desqualificado por causa do meu curso com duração de dois anos, nem foram capazes de verificarem algumas informações sobre o meu conhecimento e a minha facilidade de comunicação, simplesmente agiram com um preconceito absurdo para a realização de uma tarefa que não exige muito, mas que para o banco Itaú, o segundo maior banco do Brasil em faturamento, não serve.
Infelizmente outras pessoas passarão pelo que passei no dia de hoje, e infelizmente um curso de curta duração não demonstra o quanto uma pessoa possui menor qualidade no trabalho do que outras que possuem no currículo um curso de longa duração, e enquanto algumas empresas pensarem em discriminar os formados em cursos de dois anos o desemprego manterá alto, porque se há os cursos é porque o MEC os apoiam, mas se as empresas não contratam alunos e formados destes cursos, o melhor é os excluírem das faculdades, porque a pior situação será a do candidato que sofrerá preconceito em um momento de leve desespero por estar desempregado a procura de um trabalho honesto, se não houverem oportunidades para estes formados o melhor e deixarem de lado todos os cursos de dois anos e focarem apenas nos demais para serem aceites em todas as empresas que exigem uma graduação, mas não qualquer graduação que os consideram ineficazes para a realização de algumas funções.
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