A Decepção.

Enquanto estava fora do meu amado Brasil sempre levantei a bandeira da simpatia, da cordialidade, do civismo e de outros mais que milhares de brasileiros possuem, mas parece que muita coisa mudou enquanto estive fora e infelizmente fiquei decepcionado com o grau de antipatia, de falta de civismo, de despreparo, de falta de cordialidade, de falta de educação e de muito mais que ando a presenciar diariamente, e conforme havia escrito anteriormente neste meu querido Blog sobre a falta de simpatia, digo que não falta apenas a simpatia, falta muito mais.
Não posso dizer se a situação de antipatia, de falta de cordialidade, de falta de educação, de falta de civismo, de despreparo das pessoas que trabalham com o público em geral deve-se as pessoas ou também é devido as empresas, porque a maioria das situações que indiquei anteriormente poderá referir-se aos baixos salários, a falta de educação dos clientes, a falta de investimento das empresas, não sei realmente o que se passa, mas espero que mude.
Há muita decepção no dia a dia, tento ensinar ao Nando Quack Hiper Mega Totosão a ser educado, cordial e simpático desde o momento em que saímos de casa, ao atravessar a rua quando um veículo freia para nos dar a passagem eu cumprimento o motorista e digo ao Totosão para cumprimentar o motorista com um "joinha", e com este ato pude perceber que alguns retribuem o "joinha" com um sorriso e com outro "joinha", mas há outros que nem olham para o lado e nem percebem o simples ato de educação e de cordialidade de uma criança que nem possui quatro anos de idade.
A impressão que possuo é a de que a maioria das pessoas não conseguem mais olhar para o lado, para ver realmente o que se passa ao redor, estão atentos apenas para o que observam a frente dos próprios olhos, em um sentido único no caminho que tem de fazer ao sair de casa e ao voltar para casa, e por isso não realizam coisas básicas de um ser humano que é o de ser educado, gentil e cordial, esquecem por completo o civismo que vejo que inexiste quase por completo nas ruas e nos transportes da minha amada, caótica e poluída Sampa.
Enquanto estive em Terra de Cabral sempre indiquei o quanto somos simpáticos, cordiais, educados e algo mais, mas agora começo a pensar diferente, e como um ex-amigo de trabalho da minha esposa disse ao voltar do Rio de Janeiro no começo do ano há algo muito de errado e as pessoas encontram-se despreparadas no cuidado com o público em geral, e realmente isso preocupa-me em relação a educação do meu filho para seu bem estar em um futuro próximo.
Tive a sorte de conhecer outro tipo de atendimento e posso dizer que durante muitos anos em que fiquei longe da minha amada e caótica Sampa um mau atendimento somente ocorria quando a pessoa responsável pelo atendimento possuía um certo grau de preconceito, e tive muita sorte de presenciar poucas situações deste gênero, mas o fato de presenciar má vontade, antipatia, falta de cordialidade, falta de educação e a falta de civismo realmente decepcionou-me, e posso dizer que toda esta situação abrange diversos segmentos da sociedade.
As pessoas em geral que sofrem de todo o mal que indiquei no parágrafo anterior devem atentar-se para esta situação, porque é realmente ruim, e um exemplo disso foi no dia de ontem (Domingo) quando fomos ao Hipermercado Extra da "Brigadeiro" e ao passar pelo caixa a atendente não demonstrou nem um pouco de simpatia, realizou o atendimento com uma má vontade que conseguiu deixar a minha esposa de mau humor, e infelizmente isso está a ocorrer em todos os lados.
Continuarei a ser diferente, mas parece que ser diferente da maioria gera intolerância e infelizmente a intolerância abrange uma grande parte da sociedade, mas eu sei que consigo ser simpático, cordial, educado e civilizado e o fato de eu ser diferente da maioria poderá alterar um pouco esta situação atual, até porque estou a ensinar o meu filho a ser diferente desta maioria, e ao fazer isso é porque estou a preocupar-me com o seu futuro, e quando desejo um bom dia, uma boa noite, quando agradeço, quando sou simpático e não há reciprocidade eu não mudarei esta maneira de tratar as pessoas, porque sei que poderei alterar a situação ao fazer a minha parte e quero que meu filho siga o mesmo caminho, mesmo que isso signifique tornar-se em um ser diferente e será esta diferença que o fará melhor no futuro.
Continuo decepcionado, e é esta decepção que já me fez pensar se a volta foi a melhor coisa que fizemos, porque presenciar diariamente com pessoas de "trombas" como se tivessem chupado um "limão com sal" no café de manhã é realmente muito ruim, mas parece que as pessoas estão bem assim, mas minha família não, então espero que esta decepção termine porque não pretendo entrar no clube da antipatia, do despreparo, da falta de educação, da falta de cordialidade e da falta de civismo.