Provavelmente muitos dos meus queridos leitores e visitantes possuem amigos, mas também já conheceram muitos "Amigos de Ocasião", que são aqueles que aparecem quando você tem algo para oferecer, que seja qualquer coisa que lhe chamem a atenção, que pode ser um trabalho, um carro, um status junto a um grupo de pessoas ou algo mais que realmente serve para ser o centro da atenção mas para o lado positivo.
Há Amigos e "Amigos", e eu tenho Amigos, mas não estão aqui, estão do outro lado do oceano e fazem realmente muita falta, porque para mim não há "Amigos de ocasião" porque não faço amizades por interesse ou com o intuito de me sair bem em alguma coisa ou que seja através de "fuder" alguém as custas da minha nova amizade.
Já senti na pele o fato de possuir este tipo de amizades, porque na faculdade foi algo muito interessante, porque em alguns momentos eu era um "bosta" para alguns porque eu não trabalhava e estes que me julgavam não eram capazes de me pedirem um curriculum para entregar na empresa deles, mas quando era para sentar na mesma mesa no bar para tomar uma cerveja eu já me transformava em uma pessoa interessante e engraçada que já fazia parte da vida acadêmica deles. E no meio destes havia um que se achava o melhor só porque trabalhava na época no Banco Real (adquirido pelo Santander) e quando fui fazer um trabalho a casa me admirei por dar de cara com uma "puta possilga", sim, o cara que se julgava o "bonzão", que gostava de manter um status de "fodão" e que ainda tinha a mania de querer humilhar quem estava por baixo residia em uma tranquera de casa.
Estando em Portugal é que a coisa ficou mais séria do que no Brasil, porque no Brasil eu possuo verdadeiros Amigos, aqueles que têm confiança e que podem contar comigo para o que der e vier sem ter a necessidade de possuir um trabalho, ou um carro, ou roupas de marcas, ou um celular de última geração ou de frequentar as melhores "baladas".
Aqui em Portugal há uma divisão que é ridícula, porque se eu trabalho em um café no Shopping, os trabalhadores de lojas não olham e nem desejam um bom dia porque você serve café e eles vendem roupas de marca, mas se trabalhar em uma loja boa a amizade já inicia-se e já torna-se verdadeira até o momento em que ficar desempregado, porque eu já tive um bom trabalho e alguns eram meus "Amigos de Ocasião", e depois que fiquei desempregado alguns nem fazem mais parte do meu Facebook, e os que estenderam a mão enquanto eu trabalhava já nem o fazem mais porque o que vale realmente é a ocasião, enquanto estivermos no mesmo patamar teremos um grau de importância, quando estamos a abaixo nos igualamos às pessoas que não os interessam e que passam despercebidos, totalmente transparentes e insignificantes aos olhos de muitos.
Saí do Brasil e deixei Amigos por lá, de anos, e aqui provavelmente não irei possuir nenhum e se possuir provavelmente poderei contá-los através da mão com um dedo a menos do Lula e ainda sobrará alguns dedos, porque o que mais vale por aqui é a aparência e o status que possui, enquanto houver pessoas que valorizem os "Amigos de Ocasião", provavelmente ficarei sem amizades, e isso não me preocupa, porque "antes só do que mal acompanhado", porque estas amizades me fazem mal e o que faz mal queremos longe das nossas vidas e assim por diante.
Valorizo os Amigos, também os colegas que se mostrem verdadeiros e francos, porque já conheci alguns que não valem um "pão com ovo", e espero que dentro em breve eu possa estar rodeado de Amigos, e para isso só há uma escolha, a de voltar para o Brasil.
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