Provavelmente muitos dos meus queridos leitores e visitante
possuem uma conta aberta no Facebook, e por possuírem uma conta
aberta nesta enorme rede social acompanham diariamente os
"posts" compartilhados sobre alguns assuntos que já "encheram o saco",
sendo eles sobre o enrustido Feliciano que escrevi em um texto anterior a este e sobre o atual preço de venda ao
consumidor do quilo do Tomate.
Em relação ao valor do quilo do Tomate, acho que já deu o que tinha que dar, porque
99% das postagens do Facebook são apenas em relação a crítica
sobre o valor do Tomate, e eu apenas consegui ler uma postagem de um
colega meu na direção contrária das críticas, e sei de uma coisa, há muita
gente a agradecer esta alta do preço, e quem quer comer tomate que
pague o preço que está hoje mas a pensar que há famílias inteiras
a dependerem desta alta de preço.
Atualmente ninguém se lembra do processo de plantação do Tomate
para que ele chegue a mesa do consumidor, porque um plantio de Tomate
gera custos e depende em muito do tempo, este tempo que é castigado
a cada dia que passa pela ação dos "seres nem tão humanos" que teimam em destruir o que a nossa Terra tem de melhor.
Era bom quando o Tomate encontrava-se a R$1 o quilo, mas para
chegar ao consumidor a este valor, quanto que um agricultor que
investia na terra e na mão de obra para colheita ganhava??
Provavelmente ninguém sabe, mas provavelmente estes mesmos
agricultores se endividaram na época o suficiente para venderem suas
terras ou para cultivarem outros produtos na época que os
conseguissem de alguma forma garantir a sobrevivência e o sustento da casa, da família e de seus funcionários.
Para que vocês, meus queridos leitores e visitantes possam saber
mais ou menos do que estou a escrever sobre o Tomate, segue abaixo o
texto do artigo que copiei da página do Facebook do meu colega,
sendo este texto de um responsável pelo plantio no Estado do
Espírito Santo.
"Os consumidores estão assustados. Ameaçam retirar a
tradicional salada de tomate das refeições. De quem é a culpa? Do
preço. De fato, o preço do tomate se manteve elevado. A maior alta
dos últimos 15 anos. Nas últimas semanas, a caixa de 22 quilos
chegou a ser vendida por R$115,00 na lavoura. E é justamente aí, no
campo, que está a raiz da questão.
Muita gente
esquece que, para que o tomate esteja na mesa dos capixabas, há
milhares de trabalhadores rurais que dedicam seus dias na trabalhosa
produção do fruto. Produzir tomate é fazer negocio a céu aberto,
colocar dinheiro na terra, torcer para o clima colaborar, depender de
calor, temperatura, irradiação, chuva, estradas, logísticas e mais
diversas variáveis. Quando o quilo do tomate era vendido a apenas R$
1,00, ninguém disse que o tomate baixou a inflação, desempregou
pessoas, endividou agricultores. Muitos venderam suas terras,
aumentando as estatísticas de êxodo rural neste país.
A explicação para a alta do tomate segue a lógica de mercado.
Quando a oferta é pouca, o preço aumenta. E uma coisa é certa:
alguém no campo está passando dificuldades. A agricultura que toca
esse Brasil não pode continuar sendo vista como vilã da economia.
Pelo contrário, deve ser vista como uma guerreira que, mesmo
enfrentando tantas dificuldades, continua alimentando o nosso
país.
Este é o momento que o agricultor tem de
recuperar os prejuízos do passado, honrar os compromissos do
presente e, se possível, fazer uma reserva e se preparar para
futuras crises. O produtor rural também tem contas para pagar.
Também precisa comprar alimentos para sua família. É preciso, sim,
defender que o alimento chegue à mesa do consumidor com preço bom.
Mas isso jamais pode ser feito às custas de quem produz".
A alta do preço do Tomate poderia colaborar com a diminuição do desperdício de comida, porque se há pessoas que ainda possam pagar pelo preço atual do Tomate há também pessoas que conseguem desperdiçá-lo atualmente, e se com a alta do preço muitos começassem e pensar no desperdício que há em relação aos alimentos muita coisa poderia mudar.
Conheço uma cidade do Interior do Estado de São Paulo, na região Sul, que é um grande produtor de Tomate, e muitos fazem um trajeto de 320 quilômetros dentro de um caminhão até o CEASA (São Paulo), as vezes tão antigo o suficiente para já não poder mais rodar pelas estradas de São Paulo ou de outros locais, tendo de pagar combustível que não é barato, tendo a manutenção do caminhão, tendo os pedágios que não são baratos e tendo seus funcionários e ajudantes que provavelmente não trabalham gratuitamente, então se pensarmos no custo de tudo isso provavelmente chegaremos a ver que o atual preço do Tomate reflete a realidade dos custos de quem o cultiva.
Penso que a alta do preço do Tomate colabora em muito para que
os milhares de agricultores paguem suas dívidas antigas e atuais, e consequentemente
possam investir um pouco mais em mão de obra e em tecnologia no cultivo do Tomate, e provavelmente dentro de
algum período o valor poderá voltar a uma certa normalidade para que os consumidores
deixem as piadas de lado no Facebook como se o preço atual do Tomate
fosse a coisa mais importante do Brasil perante tantos problemas que assolam diariamente um país tão rico e tão explorado.
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