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domingo, 17 de março de 2013

Mulheres inferiores a Vacas!!!

Provavelmente muitos dos meus queridos leitores e visitantes se depararam com algumas notícias vindas da Índia no que se refere a violência contra mulheres, sendo que neste país a situação de estupro de uma mulher deve ser frequente, mas de uns meses para cá a situação mudou, com pessoas a lutarem pela diminuição da violência sexual contra todas elas porque os casos de estupro ganharam uma enorme dimensão fora da Índia.
Há alguns meses atrás surgiu a notícia de uma jovem que foi violentada sexualmente e agredida brutalmente por alguns seres denominados "homens" dentro de um ônibus e após jogada no meio do nada, no meio do mato, e infelizmente após um tempo internada não resistiu aos ferimentos vindo a falecer, mas isso não fez com que alguns seres denominados "homens" parassem de agir como animais selvagens, após este caso surgiram mais dois, que sabemos através da mídia, sendo que o último foi recentemente divulgado, onde uma cidadã suíça foi violentada sexualmente a frente de seu marido que sofreu agressões físicas dos seres denominados "homens".
Os seres denominados "homens" serão julgados por tal ato agressivo contra as mulheres em um país onde a vaca é sagrada mas um ser humano não, estranhamente um ser humano que carrega em seu ventre durante em média nove meses alguns seres ditos como "homens", para que estes mesmos seres ditos como "homens" em fase adulta comece a cometer crimes sexuais e violentos contra as mulheres, mulheres que são indefesas em sua maioria em um país onde provavelmente não possuem leis em seu favor, em sua proteção.
A vaca é sagrada na Índia porque vem de uma tradição, que nasceu com o hinduísmo. Os Vedas, uma coletânea de textos religiosos de cerca de 1500 a.C., comentam a fertilidade do animal e o associam a várias divindades. Uma outra escritura hinduísta fundamental, o Manusmriti, compilado por volta do século I a.C., também enfatiza a importância da vaca para o homem. Nos séculos seguintes, foram criadas leis elevando gradualmente o status religioso bovino, e no sistema de castas que ainda vigora na sociedade indiana, a vaca é considerada mais "pura" até do que os brâmanes (indivíduos pertencentes à casta mais elevada, dos sacerdotes) - por isso, não pode ser morta nem ferida e tem passe livre para circular pelas ruas sem ser incomodada. O leite do animal, sua urina e até mesmo suas fezes são utilizados em rituais de purificação (pesquisei este trecho para poder explicar a vocês, meus queridos leitores e visitantes sobre o fato de a vaca ser sagrada).
A vaca sendo sagrada, sem poder matá-la ou ferí-la, mas em um país onde isso é crime, podem muito bem agredirem sexualmente e fisicamente, até a morte ou não, uma mulher, uma pessoa do sexo feminino que na maioria das vezes busca apenas uma igualdade de direitos mas que em uma determinada região esta situação poderá ferir o ego de alguns seres denominados como "homens".
Valorizar um animal é normal, desvalorizar um ser humano também é normal provavelmente para milhares de "homens" na Índia, estuprar e matar um ser humano do sexo feminino parece ser arte, ao contrário de matar uma vaca onde é caracterizado crime, e realmente fica difícil de aceitar uma situação deste gênero, ainda mais porque os "homens" que fazem este tipo de agressão contra as mulheres provavelmente tiveram e ainda têm Mães, e espero que estes "homens" não façam o mesmo com suas Mães o que fazem com outras mulheres na Índia, mas de uma mente perversa tudo podemos esperar, infelizmente.
Espero que através de mais um ato de agressão que repercutiu em diversos países pelo Mundo possa mudar muita coisa na Índia, senão dentro de alguns anos até as "pseudo-autoridades" não conseguirão diminuir os atos agressivos contra as mulheres, e como sabemos a Índia é um grande país em extensão e em população, e infelizmente os casos de violência contra as mulheres que conhecemos são apenas a ponta de um iceberg, porque houveram, houve e haverão ainda muitos que milhares de pessoas desconhecem em um país onde uma vaca é sagrada e a mulher desvalorizada.

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