Não sei dizer o porque de não fazer parte, mas como não sou um "expert" na Língua Portuguesa poderá haver inúmeros erros gramaticais no meu Conto, este erros que até acompanham os meus texto do meu querido Blog. Mas como não sou um finalista, vou "copiar" o meu Conto para que todos vocês, meus queridos leitores, possam saborear um pouquinho da minha idéia que ficou fora da final.
Como o título eu apenas escrevi na página do concurso, não me lembro do título, mas quem quiser optar será bem vindo todas as opiniões. Espero que gostem.
Capítulo I – O encontro
Em
uma manhã de Outono, onde a brisa refrescava as pessoas e forçava as poucas
folhas ainda presas por uma pequena ponta nas árvores, os dois sujeitos, um
homem e uma mulher conversavam sobre a situação econômica atual que se pairava,
e que afligia ambos e os demais que por aquela praça circulavam apressadamente
sem dar conta do casal que ali conversava.
Após
horas de conversa, ela, de nome Madalena resolveu convidá-lo, ele, de nome
Amadeu para tomarem um café em um comércio próximo ao local onde conversavam,
já que naquela manhã de brisa fria o melhor era manterem-se em um local
aconchegante e de preferência a consumir algo que poderia mantê-los quentes.
Após
cada um beber um café e continuarem a conversa, aperceberam-se que tinham algo
a mais em comum e vendo que a hora passara resolveram trocar telefones para
continuar a conversa que ali se estendia a horas ou até mesmo marcar um
encontro para debater outros fatos da atualidade. Assim concluíram as conversas
e as formalidades e saíram cada um para o seu trabalho deixando bem claro que a
conversa não se acabara ali e que continuaria o mais breve possível.
Madalena
que chegou ao trabalho no horário de sempre, percebeu que aquele encontro de
Outono era mais do que apenas um encontro, as amigas perceberam um sorriso
largo na pela rosada juntamente com um brilho nos olhos. Não era habitual
chegar ao trabalho bem disposta, mas aquele encontro deu um ar de felicidade e
uma vontade enorme de pegar no telefone e ligar para o mais novo colega de
discussões.
Suas
amigas percebendo-se da situação quiseram saber qual foi o passarinho colorido
que a deixou daquela maneira, sempre questionando sobre o tal fato e fazendo
com que o trabalho começasse a atrasar. Com receio desta situação, Madalena
simplesmente soltou o seu lado normal, de extrema estupidez e assim fez com que
as amigas retornassem a dar uma atenção maior ao trabalho que ali estava de
lado.
Madalena
com pensamento duplicado, parte no trabalho e outra parte em Amadeu, começou a
distrair-se demais e foi chamada a si por parte do chefe que apercebeu-se da
situação e tratou de corrigi-la. Mas aquele pensamento sobressaiu e ficou ainda
mais evidente quando recebeu uma mensagem do mais novo companheiro de
discussões, Amadeu.
Na
mensagem, Amadeu perguntou se Madalena desejava encontrar-se novamente, no
mesmo local para conversar e também tomar um outro café, porque gostou imenso
de colocar as ideias em dia com uma pessoa tão formosa e cativante, que
demonstrava possuir uma linha de raciocínio lógica e atual, que não tinha medo
de expressar a opinião sobre qualquer assunto, e que possuía um lindo sorriso
que correspondia as expectativas, junto a um brilho nos olhos quando ficava
encabulada com assuntos que poderiam prejudicar as pessoas que a rodeavam.
Madalena
sem saber o que responder no momento, aguardou ansiosamente o seu período de
intervalo, e até que ele chegasse imaginou o que poderia responder, mas tinha
uma certeza, a de que iria a este encontro. Conversar era o que ela mais
gostava de fazer, mas os seus pontos de vista sempre se deparavam com reações
negativas daqueles que participavam da conversa, mas com Amadeu era diferente,
havia discórdias mas não havia as expressões negativas, haviam discussões mas
não haviam ofensas, haviam nervosismos mas nenhuma das partes finalizava a
conversa neste momento para não se olharem na face durante um período de dias,
ou até mesmo semanas. Esta situação a deixava cheia de energia, era uma
adrenalina que mal conseguia segurar dentro de si, e estava ansiosa para poder
responder aquela mensagem, e a hora do intervalo nunca mais chegava.
Passados
metade do tempo de trabalho, Madalena saiu frenética com o seu telefone em
mãos. Já sabendo da resposta a dar, pensou seriamente o que poderia estar
acontecendo. Alguém que acabara de conhecer capaz de perturbar tanto os seus
pensamentos, e de trocarem telefones, ela sempre que manteve-se em uma imagem
intacta, sem manifestar qualquer interesse sobre qualquer pessoa que
aproximava-se, isso devido a um passado que ela não divulgava a ninguém, o
manteria em segredo e até mesmo as amigas que as vezes a pressionava para
desabafar e poder seguir em frente com a vida.
Respondeu
com algumas palavras, praticamente poucas e objetivas, e solicitou a Amadeu que
confirmasse o seu recebimento, não ficaria calma até o recebimento da mensagem,
e assim foi o resto do seu dia de trabalho, a espera da resposta de Amadeu,
esta que a cada minuto contado no relógio a deixava quase em desespero. Saiu de
seu trabalho, apressadamente foi até ao mercado para comprar os ingredientes
para o jantar e se dirigiu a pé até a sua casa, em um momento de distração não
percebeu que Amadeu já respondera a sua mensagem, assim que a leu, Madalena
sentiu o corpo aquecer e de seguida a tremer, o que poderia ser algo tão
tentador e mesmo amedrontador era ao mesmo tempo uma sensação de alívio e de
frescor, onde uma conversa longa poderia ser um pretexto para algo mais, que
seria mais um café antes de um longo dia de trabalho.
Chega
o dia seguinte, após uma noite mal dormida, Madalena com um certo nervosismo
mal conseguiu tomar o café da manhã por completo e saiu apressadamente para o
segundo encontro com Amadeu. Chegou ao local combinado alguns minutos antes do
horário marcado e ansiosamente aguardou a chegada de Amadeu, que chegou no
horário marcado, nem um minuto a mais ou a menos, e esta pontualidade agradou
em muito a ela que quase não conseguiu disfarçar o seu contentamento com a chegada.
Após
os cumprimentos de praxe, começaram a questionar como foi o dia de trabalho de
cada, onde também se perguntaram o que faziam, as respectivas profissões
deixaram ambos interessados e fez com que o assunto deste outro dia de Outono
fosse sobre o trabalho de ambos. Passaram alguns minutos quando iniciou uma
chuva fina, e com isso se dirigiram para o mesmo local onde tomaram um café no
dia anterior, continuaram a conversar, e a cada informação trocada, Madalena se
sentia ainda mais interessada em Amadeu.
Amadeu
que era um homem elegante, trabalhava em um banco, com uma boa dicção fazia
Madalena pensar o que aquele homem viu. Madalena que era uma mulher vistosa,
que não acreditava na beleza que possuía após desagrados em um passado não
muito distante, mas que via naquela situação um motivo maior para voltar a ser
a mulher elegante que já fora.
A
conversa estava prestes a terminar, mas antes resolveram marcar um jantar,
questionaram onde seria, mas sem hesitar, Madalena ofereceu o jantar em sua
casa, e Amadeu aceitou, mal ela sabia qual era o verdadeiro interesse de
Amadeu. Marcaram a hora e o menu a ser servido, e assim continuaram a se
encontrar durante a semana esperando que terminasse rapidamente para que fosse
desfrutar de um belo jantar.
Capítulo II – O jantar
E o
tão esperado Sábado chegou, Madalena já com todos os ingredientes prontos
iniciou as tarefas domésticas, ela que jamais imaginaria que fosse capaz de
realizar novamente um jantar a alguém, alguém que mal conhecia mas que fazia da
sua atual vida uma vida melhor, mas sem saber o porque.
Amadeu
chega a sua residência acompanhado de uma garrafa de vinho e flores, algo que
ela mencionara nas conversas que não gostava de bebidas alcoólicas. Vendo a
garrafa acompanhada de flores fez com que o coração batesse mais forte, por
lado o vinho e por outro as flores. Surgiu um arrepio na espinha que a fez
queimar o dedo junto a panela quente, e naquele exato momento se a percebeu do
erro que fizera em convidar Amadeu para jantar em sua residência.
Em
um exato momento mencionou que haveria de ir até ao mercado porque não havia um
ingrediente para finalizar o jantar, Amadeu se prontificou a ir, e Madalena sem
jeito não hesitou e aceitou que ele fosse ao mercado. Mas não percebeu logo a
sua saída que Amadeu havia levado a chave deixando-a trancada em sua própria casa.
Em
um ato de desespero esmurrou a porta e em seguida olhou pelo olho mágico e viu
que não havia ninguém no corredor. Correu até a sua bolsa para pegar o telefone
e assim ligar para algum amigo e percebeu que o seu telefone não estava mais em
sua bolsa. Começou a não acreditar, e a imaginar que pudesse estar em seu
quarto, ao lado da cama. O procurou incansavelmente e nenhum sinal de seu
telefone, agora estava ali, a espera de um estranho dentro de um cativeiro
montado dentro de sua própria casa.
Madalena
resolveu se concentrar no jantar, e com olhos cheios de lágrimas quase deixava
o assado queimar. Quando menos espera, a porta abre-se e Amadeu entra com a
sacola do mercado, dentro havia o ingrediente que Madalena havia pedido e uma
garrafa de refrigerante, e se desculpando por ter-se esquecido que ela não
consumia bebidas alcoólicas e que não voltava a acontecer aquela situação.
Serviu
a mesa, farta, e mesmo ainda assustada não deixou transparecer, Amadeu que
levou a chave informou que o fez para não a distrair junto ao forno e fogão,
mas Madalena já não acreditava até o momento em que sentou-se a mesa e sentiu
que seu telefone estava no assento, um alívio correu o seu corpo e naquele momento
já não sabia mais em que pensar, duvidava sobre o que era errado e o que era
certo.
Amadeu
elogiou o jantar oferecido por Madalena, muito sabor e acompanhado de uma
companhia agradável. Após ingerir o último copo de vinho convidou Madalena para
que no próximo final de semana fosse jantar em sua residência, e Madalena
aceitou de prontidão sem imaginar o que lhe pudesse esperar, e sem lembrar-se
do período de dúvidas que lhe surgiu durante a preparação do jantar.
Combinaram
de se encontrarem durante a semana para colocar a conversa em dia, no mesmo
local acompanhados do mesmo café antes de irem para o trabalho, e uma certa
empolgação tomou conta de Madalena, o que fez com que o medo desaparecesse, e
assim começou a contar os dias para o próximo Sábado para o jantar tão
esperado.
Passados
uma semana, Madalena se arrumou para dirigir-se a casa de Amadeu. Ele que
morava a escassos quarteirões de sua casa, e uma intriga passou pela sua mente,
até o momento não havia percebido sobre a presença de Amadeu pelas ruas do
bairro, este pequeno, onde a maioria dos comerciantes conheciam os seus
moradores e seus hábitos.
Ao
chegar na residência de Amadeu, Madalena percebeu a antiguidade do edifício
onde ele morava, com aspecto muito sujo e degradado aparentava um local que
fora abandonado há muito tempo, e a imagem a assustou ao ponto de se virar para
ir para casa, e neste exato momento Amadeu surgiu a janela do primeiro andar e
a chamou pelo nome, e sem jeito Madalena retribuiu com um aceno e se dirigiu a
porta de entrada, onde Amadeu abriu e a cumprimentou solicitando que entrasse.
Ao
adentrar em seu apartamento, a porta fechou-se com excessiva força, e em
seguida Madalena foi empurrada para o sofá. Meio atordoada devido ao empurrão e
sem reação, levou de imediato um pancada na cabeça que a fez sangrar,
desnorteada tentou se levantar, quando recebera uma nova pancada, fazendo com
que parasse no chão inconsciente e um pouco desacordada.
Passados
alguns minutos, acordou com dores fortes na cabeça e apercebeu-se que estava
amarrada em uma cadeira dentro de um quarto com pouca luz, gritou por Amadeu e
este apareceu com uma faca em punho ameaçando-a caso continuasse a gritar por
socorro.
Saiu
em seguida do quarto deixando-a só, ela começou a observar em seu redor
silenciosamente e apercebeu que um barulho constante de veículos adentrava pela
janela do quarto, mas lembrou-se que ao chegar ali o caminho realizado era por
vias extremamente desertas, sem circulação de pedestres e veículos, e de
imediato começou a chorar. Este choro fez com que Amadeu entrasse no quarto e a
agredisse com um tapa no rosto e em seguida indicou que iria sair e caso
voltasse e a não encontra-se que iria atrás dela até ao inferno.
Após
a saída de Amadeu, Madalena conseguiu se recompor, e imediatamente começou a
pensar em uma maneira de sair daquele local. Vendo que havia ratos no quarto
observou de onde eles estavam entrando e saindo constantemente, e ao perceber
que vinham do lado de fora do prédio conseguiu arrastar-se junto com a cadeira
até a fissura que havia na parede.
Com
o bico do sapato em movimentos incansável iniciou diversos pontapés junto a
parede fazendo com que a fissura se transformasse em um buraco com vista para a
rua. Continuou a forçar a parede até que um pedaço maior fosse de encontro ao
seu colo. Se pôs com a metade do corpo para fora e começou a gritar por
socorro.
Após
minutos incansáveis de pedido, um veículo surgiu a rua e conseguiu ver o que se
passava no primeiro andar do edifício abandonado, onde ao mesmo tempo Amadeu
chegava ao local. Amadeu correu até a entrada e o veículo acelerou para tentar
impedi-lo, mas não conseguiu e Amadeu trancou a porta do edifício. A corrida na
tentativa desesperada de impedir Madalena em concretizar o pedido de socorro.
Madalena
vendo que o motorista do carro telefonava para alguém, começou a gritar,
dizendo que não havia tempo para pedir ajuda e que precisava desesperadamente
de sair daquele local porque a sua vida estava em perigo. O motorista sem saber
o que fazer, apenas pedia calma, mas a calma poderia custar muito caro e tempo
era muito curto para acalmar os nervos.
Madalena
ouve a porta e ao gritar por socorro o homem do carro começa a gritar para que
alguém o pudesse ajudar, quando em um ato de desespero, Madalena sem pensar no
que poderia acontecer-lhe se joga do quarto e com o impacto no chão a cadeira
se destrói e ela desmaia.
Amadeu
entra no quarto e vê que o motorista coloca Madalena no carro e sai em alta
velocidade, Amadeu, agora armado com um revólver começa a disparar em direção
ao carro mas sem sucesso, e assim vê que a sua tentativa de crime perfeito
falhou, e que agora precisa concluir de vez um serviço incompleto que o poderá
pôr na prisão.
Capítulo III – A morte
Passados
alguns dias e após inúmeras tentativas de contato com Madalena, Amadeu resolveu
dirigir-se até a sua residência, como não conhecia ninguém naquela região
aproveitou para perguntar sobre a moradora daquela pequena residência, mas as
respostas sempre foram em vão, já que Madalena era uma pessoa muito retraída, de
poucas conversas com os vizinhos e comerciantes da região.
Iniciou
uma busca pelo veículo que a ajudou a fugir de seu apartamento, outra tentativa
em vão, lembrou-se do local onde tomaram café durante as últimas duas semanas,
chegou ao local e perguntou pela amiga, e a resposta foi que ela já não
aparecia a dias. Estas informações fez surgir um alívio e ao mesmo tempo um
certo desespero, já que a única pessoa que o poderia incriminar ou até algo mais
era Madalena, que atualmente encontrava-se desaparecida.
Alguns
outros dias passados, Amadeu, em uma caminhada matinal percebe-se que ao seu
lado estava o veículo que salvou ou não Madalena. Aguardou alguns minutos para
verificar quem era o proprietário do veículo até que dono chegou, o abordou
sobre a Madalena, e o proprietário do veículo informou que Madalena
encontrava-se internada em estado grave em um hospital fora da cidade. Amadeu
solicitou o endereço, e de momento o proprietário do carro não o forneceu, mas
após uma certa insistência por parte de Amadeu conseguiu obter o endereço, mas
mal sabia Amadeu o que realmente lhe esperava.
No
dia seguinte Amadeu se dirigiu a rodoviária para visitar Madalena, era uma
viagem longa, já que o hospital indicado ficava a praticamente oito horas de
viagem de carro, e a viagem de Amadeu duraria em torno de dez a doze horas, e
assim ele pensava como reagir ao ver Madalena sem condições físicas para uma
defesa sobre qualquer investida de Amadeu.
Amadeu
chegou a cidade, e resolveu se hospedar em um hotel devido a hora, esta que já
não era possível para realizar uma visita a Madalena. Arquitetando como ficar
sozinho no quarto, mal conseguiu dormir. Após algumas horas a pensar conseguiu
dormir, e sonhou como finalizaria o plano que ficara incompleto.
Logo
de manhã se dirigiu ao hospital, chegando lá perguntou por Madalena, e para o
seu espanto havia mais de uma Madalena na lista de doentes internados. Explicou
quem era fisicamente a pessoa que procurava, mais ou menos a idade e em seguida
a enfermeira buscou a informação no computador. Se deparou com uma má informação,
e assim indicou a Amadeu que Madalena, a que ele procurava, faleceu na data de
ontem e mesmo ontem foi encaminhada ao pequeno cemitério da cidade onde
moravam. Amadeu levou um choque e de imediato se dirigiu a rodoviária, mas não
havia nenhum horário disponível para saída aquele momento, resolveu pagar um
táxi, chegaria mais rápido, onde provavelmente chegaria após o enterro e assim
continuaria com a vida que escolheu.
Chegou
a cidade ao final da tarde, a esta hora o cemitério ainda encontrava-se aberto,
de imediato foi a procura da capela, chegando já não havia nenhum corpo,
encontrou um funcionário para perguntar se havia ocorrido algum velório na data
de hoje, o funcionário indicou que sim e o local onde foi enterrado o corpo.
Amadeu se dirigiu em passos largos e apressados, ao lado do corpo recém
enterrado havia uma vala para o próximo enterro e foi quando o mesmo
funcionário se aproximou e informou que o cemitério fecharia os portões dentro
de quinze minutos.
Amadeu
se ajoelhou para verificar a informações de quem foi enterrado no local quando
percebeu uma sombra junto ao seu corpo, indagou que já sabia que o cemitério
fechava dentro de quinze minutos, mas quando ouviu uma voz feminina o seu corpo
tremeu, o coração disparou e as mãos gelaram imediatamente.
Ao
levantar apressadamente pode ver que quem falava era Madalena, com ótimo
aspecto e saúde, uma imagem que ele jamais tinha daquela com quem conversava,
ao tentar indagar como tinha saído de seu apartamento, Madalena com um revólver
em punho dispara três tiros a queima roupa, dois no peito e outro no rosto, com
o impacto, Amadeu cai na vala que estava mesmo ao seu lado e por lá ficou
desfigurado e perdendo todo o seu sangue.
Madalena
saiu a correr pelos corredores estreitos entre os túmulos do cemitério, mas não
se apercebeu que o último funcionário a observara e assim ele o fez até
Madalena entrar o carro, naquele carro que a salvou no pior dia da sua vida,
provavelmente.
Capítulo IV – A revelação
Madalena
continuou a viver a sua rotina habitual, de casa para o trabalho e do trabalho
para a casa, sem desconfiar que alguém ainda pudesse lhe incriminar. Passava
diariamente pela praça onde conheceu Amadeu, e imaginava quem seria o próximo a
conhecer, a espera que este próximo não fosse tão violento como Amadeu, este
que não foi o primeiro a ter um desfecho violento por parte de Madalena.
Sua
vida corria muito bem, principalmente a quem confiou uma parte de seu segredo,
mas sabia que aquele que a ajudou poderia incriminá-la em qualquer momento, um
deslize poderia deitar por terra toda aquela vida pacata e normal que tinha
conquistado, e por isso resolveu marcar um encontro para acabar com todas as
dúvidas que pairavam no ar.
Combinaram
um lanche em uma reserva natural que havia junto a cidade onde moravam, em um
belo Sábado de Sol abasteceram de comida o cesto e se dirigiram a reserva, um
local belo mas de difícil acesso, apenas para quem possuía carro, e em dias de
chuva o acesso era negado devido a estrada não pavimentada.
Chegaram
ao local, e começaram a conversar sobre o dia-a-dia normal de trabalho, até que
Madalena chegou ao ponto chave da conversa, duvidou sobre a sua confiança, e ao
mesmo tempo houve uma reação duvidosa por parte de seu amigo, que ao hesitar
não chegou a uma resposta convincente e antes mesmo de terminar, Madalena
apontou-lhe o revólver e disparou quatros tiros no peito.
Pegou
o cesto com a comida, o colocou no carro, em seguida enrolou o corpo ensanguentado
a toalha e o arrastou até uma parte de mata mais densa, entrou no carro e
seguiu viagem de volta a cidade.
Na
segunda-feira, sem imaginar que já haviam investigações sobre a sua pessoa,
chegou ao trabalho bem disposta e logo em seguida recebeu uma ligação privada
em seu telefone, os braços tremeram e o coração disparou, assim imaginou quem
poderia entrar em contato consigo em um momento tão delicado, e quem teria
aquele número de telefone onde praticamente nenhuma pessoa o tinha, ao menos
que um detalhe ficou incompleto, o corpo de Amadeu ficou na vala, e
consequentemente não verificara os seus bolsos, mas não havia testemunha.
Madalena
atendeu o telefone e em seguida o desligou. Descobriram quem realmente era
Madalena, tudo o que havia feito perfeitamente durante anos havia sido descoberto,
mas ainda havia um segundo plano, descobrir, enquanto a polícia não comparecia
em seu local de trabalho, se dirigir até ao cemitério para averiguar a situação
do corpo encontrado, e ainda fazer mais algumas vítimas. Ao pegar a bolsa e se
levantar, foi abordada por dois policiais, um com arma em punho solicitando que
largasse a bolsa. Suas colegas de trabalho assustados começaram a questionar o
que se passava, e um dos policiais solicitou que se mantivesse em silêncio, e
que posteriormente o responsável pela empresa daria uma declaração sobre o
ocorrido.
Madalena
chegou ao posto policial, e se deparou com um funcionário do cemitério, o
funcionário que Amadeu mencionou antes de sua morte e que era uma das pontas
soltas que Madalena deixou.
O
reconhecimento foi de imediato, e de imediato foi revelado quem era Madalena,
uma assassina em série de nome Roberta, que mudava de cidade antes de
descobrirem a sua verdadeira identidade, com uma série de assassinatos, provavelmente de parceiros, ganhava sua confiança e com diversos disparos de arma
de fogo os matava, mas até o momento em que encontrou um homem violento,
procurado por violentar mulheres, e foi através deste homem, que também era
procurado e que possuía o seu número de telefone foi possível prendê-la.
Roberta,
de pseudo nome Madalena, passou uma noite no posto policial e em seguida foi
transferida para a prisão feminina do Estado, foi julgada e condenada a pena
máxima sem direito a recurso pelos diversos crimes que executou, mas ao final
da leitura da sentença, a juíza informou-lhe que o último corpo havia sido
encontrado na reserva natural o que agravava a situação, mas o que Roberta de
nome Madalena não sabia, é que tinha assassinado o seu irmão.
Fim
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